terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Liberdade é o que nos prende

Ah, fala sério, com a pseudo-campanha do volta Niki, como eu poderia não voltar a escrever?
Pois bem, após todo esse tempo fora, nada melhor do que uma repaginada no blog, e claro... justificativas!
Bom, sempre escrevi aqui pra vocês eu eu sou praticamente uma prova viva dos membros da Sociedade do Ócio Criativo, "do u feel me"?
Quero dizer que escrevo muito melhor, e tenho muito mais assunto quando estou passando por dificuldades, dúvidas, explosão de sentimentos, turbilhões...
E agora não estou. Estou extremamente feliz, namorando, e quando vou escrever, acho que tudo é pessoal demais, entendem?
Não por mim, pois meu lema aqui é passar minhas experiências para vocês compararem, e ajudar-lhes de alguma forma, mas mantenho essa privacidade por ELE. Quando viramos dois... devemos pensar por dois nesse caso!
E aí que está, até que ponto existe a liberdade?
Hoje assisti à um filme sobre Alice Paul e Lucy Burns, duas das maiores feministas do século 19, que lutaram pelo direito de voto das mulheres nos Estados Unidos,... pois bem, a história é muito linda e tenho muita opinião sobre essa, mas não é sobre a causa Feminsta que eu quero falar.
Acontece que a líder Alice Paul (absurdamente bem interpretada pela ganhadora de Oscar Hillary Swank), se apaixona por um moço querido, carinhoso, lindo (é o Dr. principal do Gray's Anatomy, sabem?), e mais, admira ela, apóia a causa dela e abriria mão de várias coisas por ela!...
E então quando você está assistindo o filme, você reflete: "Aaaai, por que essa doida não fica logo com esse homem perfeito???".
E então ela tem um diálogo com sua companheira de causa e melhor amiga Lucy, e Alice explica porque ela não pode ficar com ele...
No momento em que duas pessoas viram uma (um corpo, um conjunto)... tudo deve-se pensar PELOS dois... logo, como a causa de Alice era perigosa já para ela, seria para ele também,... logo, Alice estando com ele, e amando-o, iria desistir da causa pois não queria o fazer sofrer, logo... ela perderia o seu maior sonho, a causa pela qual dedicou sua vida inteira, ao desistir por ele... eta paradoxo, einh lady?!
Então ela prefere renegar seu amor, à não ter sua liberdade, e lutar pela causa da sua vida.
Uma mistura de solidariedade com egoísmo. Nobre, mas difícil.
E então, o que você faria?
Nos deparamos durante toda a vida com escolhas deste tipo, nossas escolhas acabam sendo nós mesmos, nós mesmos somos o nosso coração... nosso coração é nossa causa.
Às vezes eu acho que tudo já está escrito de lápis... e nós somente passamos por cima à caneta, às vezes acertando os contornos, às vezes errando.
by Nitch

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