terça-feira, 21 de abril de 2009

Matéria de Amor

Você já estudou a Matéria em ciências ou física no colégio. A matéria é qualquer coisa que possui massa, ocupa lugar no espaço e está sujeita a inércia. A matéria é aquilo que existe, aquilo que forma as coisas e que pode ser observado como tal, é sempre constituída por partículas elementares como os átomos, e em escala menor, os prótons, nêutrons e elétrons.
Quando aplicamos essa teoria no amor, não é muito diferente. Quando o amor chega ele não bate em portas, ele não liga pra avisar que está chegando, ele não dá nem tempo para você se preparar. Ele arromba tudo. Mas indesejadamente ou não, ele ocupa um lugar, assim como a matéria. Ele ocupa e faz muito alarde esteja onde estiver. Ele lateja forte, sobe para a garganta, quer sair pela boca, outras vezes desce para o estômago, volta para o coração, acalma o peito, depois pula certeiro para as partes íntimas, volta para o cardio, e assim ele nos envolve, dentro da nossa própria "casa".
Ele pode ser observado também. Como quando você chega na casa da sua avó, e ela pergunta à você e seus familiares: "Meus queridos, o que vocês acharam da nova cristaleira da vó?", enquanto você a achou antiquada, inútil e rústica demais para o seu gosto, a sua tia achou que apesar de antiga demais, ela é divina em seus detalhes, e seu primo nem ligou pro papo! A única pessoa que realmente vai apreciar toda a matéria, e que tem seus motivos para tê-la desejado, e achá-la perfeita em seu papel, é sua avó.
Assim também é o amor. A maioria vai opinar, um e outro nem vão querer saber. O que você acha sempre será diferente do que o parceiro acha, e o que o seu melhor amigo, seu pai, e o Seu Jorge porteiro do prédio acham. E no final do dia, quem está certo? Ninguém.
Você sabia que na ciência e no estudo dos átomos, uma coisa menor sempre se encontra dentro de outra coisa, certo? Uma partícula menor existe, e outra menor é encontrada dentro dela, e outra menor ainda dentro desta e assim segue, até chegarem a um núcleo potencialmente microscópico do átomo, que é feito sabe do quê? Nada... vácuo...
Nem mesmo a ciência mais exata consegue explicar o que é certo e errado, portanto não tente entender uma ciência como a do amor, onde a beleza está justamente no seu mistério.
O amor é como a matéria sim. Uma vez que ele aconteceu, ele está sempre lá. Pode estar visível, ou escondido dentro de gavetas, ou estar bem longe. Mas ele continua lá.
by Nitch

4 comentários:

  1. lindo! cada vezes escreves melhor mana! te amo!

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  2. Querida Nicole!!Sou natural de Sta Cruz, mas moro em Poa fazem 8 meses...encontrei teu perfil no orkut por acaso e fiquei mto satisfeita em ver que uma pessoa tão conhecida na minha cidade por sua beleza, escreva também tão belas palavras!!!Parabéns!!!E quando houver alguma palestra tua aqui em Poa, espero poder participar.
    Uma abração!
    Rafa

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  3. Com certeza o amor e a matéria se misturam, se fundem como um só. Não há nada igual.
    Está se tornando uma PhD em amor e em sentimentos. Supere-se senmpre, pois seus textos continuam sensacionais. Bom findi. Saudades. Beijos

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