segunda-feira, 20 de abril de 2009

Intensifique

Sou daqueles que defendem que tudo deve ser vivido intensamente. O quase não me é atraente, o quase não é lá.
Nada se vive com metades. Metades de sentimentos, metades de experiências, metades de laranjas. O que você faz com metades?
Ou você fica parado, e se poupa. Ou você corre o risco, e goza.
O que se faz com metades? A metade de algo. Você sentiu algo pela metade, você tem algo para contar pela metade, você faz um suco pela metade.
O intenso é o inteiro. É ser afobado, ambicioso, amoroso, grandioso, glorioso. Não fico curiosa em saber o que é amor pela metade, confesso que em vários quase-namoros já quase-amei. Mas nenhum momento o que eu criei dentro de mim, foi pela metade. Doeu algumas vezes, mas foi perpétuo, bonito, INTENSO até a última decisão.
Intensidade assusta os modernos. Quando se tem o novo, não simplesmente se exclui o velho. O cultivo do amor é divino, então é eterno. Filtra-se e aprimora-se. Se não houverem os discípulos mais convictos de um Shakespeare ou um Vinicius de Moraes para apostarem no fogo que move tudo e todos, em alguns anos estaremos fazendo amor um com o outro através de um Playstation 13.
Não confunda modernidade social, com retrocesso emocional. O mundo não pára, mas o coração também não. O tempo é o mesmo para todos, e as horas sobram para os covardes que se escondem através da palavra "segurança", e as horas faltam pra quem rola algumas cabeças, mas sobe em muitos pódios.
Só quem já viveu uma memorável e intensa grande paixão sabe o verdadeiro significado da vida.

Um comentário:

  1. Em se falando de sentimentos, nada se faz pela metade. Também já aconteceu comigo estes quase-relacionamentos. Parece que sempre falta algo para reunir tais metades. E fica aquele gosto amargo de não ter conseguido reunir a outra metade que estava tão próximo de ocorrer. É doloroso demais nessas horas. É preciso buscar dentro de nós um sentimento mais intenso. É preciso agir com instinto, nem que, por muitas vezes erre, erre muito. Isto é natural do ser humano. Todos nós erramos. E aprendemos com eles para que, da próxima vez, este quase-relacionamento se transforme em uma relação duradoura. E, para arrematar, acho que é mais interessante e romântico começar um relacionamento de pertinho, podendo sentir o calor e a intensidade, mesmo que erre, mesmo que fique no quase (melhor não fazer isto, ou deixar em último caso), mas nunca desista, pois sentir uma grande paixão é bom demais. Apaixonar também. Bom feriado. Te cuida. Beijos

    ResponderExcluir