A inspiração das borboletas

Há posts atrás, escrevi sobre a falta de inspiração, com a falta dela. Expressei como se ela fosse um problema-solução, o único problema-solução quando trata-se de criatividade, mas não é. Existe outro, que é justamente au contraire, o excesso de inspiração. Encontro-me num estado de tanta, mas tanta inspiração, que me enrolo e não escrevo nada. Hoje posso escrever sobre paixão, amizade, confiança, companhia, união, sexo, amor... mas ao mesmo tempo só tenho vontade de desenhar vários sorrisos nesse blog, assim: =D =D =D =D =D =D Se não soubermos canalizar nossas inspirações e otimizar nosso tempo, nós não agiremos. Seja no ócio, seja no auge. Fazer do nada o tudo, fazer do demais vários mais. Got it? Dias em que as sensações mais "tolas", inocentes e puras, até aquelas que nós julgávamos que nem apareceriam mais, surgem a cada segundo. Você nota o seu ambiente. Você nota a claridade, você nota a brisa, nota a simples e charmosa borboleta, você nota a sua anatomia, suas cores, seus batimentos, sua vontade de viver. E assim é a borboleta. Todos nós deveríamos viver como as borboletas. Ela é um ser de estética não convencional por muito tempo, é uma lagarta gosmenta e incomodativa. Ela espera, espera... É aprisionada por um casulo, lá dentro ela é preparada ou não, para algo que ela sabe ou não sabe que virá, mas ela só quer sair de lá, ela quer ser livre e apreciar tudo o que deve ser mais belo, o que ela não encontra dentro daquele casulo. Ela espera, espera... e luz! Aquela placenta firme finalmente se rasga, e como num flash certeiro de branco, toda a claridade possível invade a sua quente casa que fora um porto-seguro por tempos, mas agora, chegou o momento em que ela decobrirá e se entregará para todo o mais maravilhoso que sempre esperou, só existe uma tristeza... ela tem somente 24 horas para viver todo aquele nirvana! Se tivéssemos certeza de nosso prazo de validade, aproveitaríamos mais nosso tempo, assim como as bon vivants borboletas. Os seres humanos vivem com muita ponderação, muito receio, e pouca comédia, enquanto o riso é o termômetro da boa vida! Faça como as borboletas, que com amor colorem as suas 24 horas, transformando-se em amigas da vida. O único inimigo do amor é o tempo, que nunca é suficiente quando se está junto ou fazendo algo que ama. No ócio ou no auge, não permaneça inerte ou morno, use o seu tempo com o coração, faça do seu tempo as suas últimas 24 horas. by Nitch