terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Minha Prima Mais Velha

Descobri que o mais legal das grandes coisas, são as coisas simples. Isso que eu gosto. Quando eu não tinha as coisas... eu queria, e achava que seria mais feliz com elas. Agora que as tenho, prefiro o que eu já tinha antes.
Sabe o que eu quis dizer com isso?
Quando eu era mais nova, tudo o que eu queria era ser como minhas primas mais velhas. A minha mãe me levava na casa da Luana (que já saía em festas), e eu lembro que ficava sentada na cama dela admirando as suas medeixas loiras (afinal, ela já tinha idade pra clarear o cabelo), a sua roupa justinha preta (como valorizava as formas dela!), e como era inverno, ela colocou uma meia calça preta fio 15 que era tão bonito de se ver, afinal, minha mãe não deixava ainda eu coloca essas coisas de moça adulta!
Mas o mais bonito de tudo... era o batom! Aquele batom vermelho trasnformava ela, tipo assim:
SEM BATOM - menina
COM BATOM - mulher!
Era outra pessoa, linda, independente, de alguma forma aquilo simbolizou muito pra mim! Mas então as amigas dela chegavam, ela saía, e eu pensava: o que será que acontece depois?
Sendo assim, tudo o que eu queria era crescer pra ir logo pra esses lugares, para os quais a Lu se arrumava tanto! "Deve ser muito legal, muito divertido!", eu pensava.
O tempo passou... eu cresci... e comecei a sair! Primeiro, tudo era novidade,... mas com o tempo fui percebendo que eu gostava mais de antes do que do "na hora". Eu gostava da simplicidade de me sentir mulher... de poder colocar a sombra que eu quisesse... descobrir meus traços fortes... isso sim, era um símbolo.
Hoje, minhas priminhas sentam na minha cama enquanto me arrumo, e são muuuitos curiosas para saber ONDE VOU.
E eu exlico para elas: não importa ONDE vocês vão... importa como vocês estão se SENTINDO!
Por que a vida me ensinou que as preparações, muitas vezes, têm mais graça que as cerimônias...
O que vale? Valorizar os momentos bobos e simples do nosso dia-dia.
A maquiagem virou uma espécie de troféu pra mim. Hoje eu nem preciso dela, mas eu sei que ela está ali, e não importa onde eu for, com quem eu vá, quando eu for... sei que aquela tola sensação de uma eterna menina virando mulher, sempre estará lá.
Agarre-se nas coisas simples.
Pena que não tenho contato com minha prima Luana (já que ela mora muito longe), mas tenho certeza de que hoje, ela concordaria comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário